Trombofilias – O que é e como investigar?

Categoria: Exames | Data: 23.09.2025
Trombofilias – O que é e como investigar?

A trombofilia é uma condição em que o corpo tem uma maior tendência a formar coágulos de sangue (trombos) do que o normal. Esses coágulos podem causar problemas sérios, como trombose nas pernas (TVP), embolia pulmonar (TEP) e até complicações na gravidez.

Por que investigar?

Essa investigação é importante principalmente quando:
• Você já teve episódios repetidos de trombose;
• Teve trombose em idade jovem (antes dos 50 anos);
• Apareceram coágulos em locais incomuns (cérebro, fígado, intestino);
• Tem histórico familiar de trombose;
• Teve abortos de repetição ou complicações na gravidez;
• Usa anticoncepcional ou faz terapia hormonal e teve algum evento de trombose.

Quais exames fazem parte da investigação?

Para entender se a pessoa tem trombofilia, o laboratório realiza um painel de exames divididos em grupos:
Trombofilias adquiridas (quando o corpo desenvolve anticorpos que afetam a coagulação)
• Anticoagulante lúpico, Anticardiolipina e Anti-beta-2-glicoproteína I
São exames que detectam anticorpos que aumentam o risco de trombose e estão associados à síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF). Essa condição pode causar tromboses e perdas gestacionais repetidas.

Trombofilias hereditárias (alterações genéticas)
• Mutação do Fator V de Leiden e da Protrombina
São alterações genéticas que aumentam o risco de coágulos sanguíneos.
• MTHFR (C677T e A1298C)
São variações genéticas ligadas ao metabolismo de uma substância chamada homocisteína, que, quando está alta, pode estar relacionada ao risco de trombose.

Proteínas naturais do corpo que ajudam a evitar coágulos
• Antitrombina, Proteína C e Proteína S
São substâncias produzidas pelo nosso corpo que ajudam a controlar a coagulação. Quando estão em níveis baixos, pode haver maior risco de formação de trombos.
Esses exames devem ser feitos fora da fase aguda da trombose e, de preferência, sem o uso de anticoagulantes, pois os remédios podem alterar os resultados.

Exames complementares
• Homocisteína: altos níveis dessa substância no sangue podem estar ligados ao risco de trombose.
• D-dímero e Fibrinogênio: ajudam a avaliar se há formação ou dissolução de coágulos no corpo, mas não confirmam trombofilia por si só.

Cuidados na hora de fazer os exames
• Não é indicado fazer alguns desses exames durante uma trombose ativa ou enquanto estiver usando anticoagulantes.
• Em alguns casos, os exames devem ser repetidos após algumas semanas para confirmação.
• Os resultados devem sempre ser avaliados junto com o histórico clínico da pessoa, por um médico especialista.

Resumo dos grupos de exames:

Tipo de trombofilia

Exames incluídos

Adquirida

Anticoagulante lúpico, Anticardiolipina IgG/IgM, Anti-beta-2-glicoproteína IgG/IgM

Genética (hereditária)

Fator V Leiden, Protrombina G20210A, MTHFR C677T e A1298C

Inibidores naturais

Antitrombina III, Proteína C, Proteína S (livre e total)

Complementares

Homocisteína, D-dímero, Fibrinogênio


Converse com seu médico!

A investigação de trombofilias é um passo importante para prevenir complicações graves e cuidar melhor da sua saúde. Os exames ajudam o médico a entender se há uma predisposição e qual é a melhor forma de tratamento ou acompanhamento.

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